O que é breaking

A evolução do breaking é enorme. Ele passou de uma dança urbana nas ruas de Nova York para o maior palco esportivo do mundo: os Jogos Olímpicos. Também conhecido como breakdance, é um estilo de dança urbana que surgiu no final dos anos 60 e início dos anos 70 nos EUA, mais precisamente no Bronx, um bairro de Nova York.

Esse esporte mistura elementos do atletismo com a dança urbana. Ele nasceu da cultura hip-hop e tem como principal característica os movimentos acrobáticos. Os primeiros a praticar o breaking foram jovens porto-riquenhos e afro-americanos, que formavam grupos e competiam em batalhas de dança nas ruas.

Os atletas do breaking são chamados de B-Boys, B-Girls ou breakers. A letra "B" vem de "break", já que os dançarinos executam seus movimentos durante as pausas instrumentais (os "breaks") das músicas.

Desde suas origens nas ruas de Nova York, o breaking evoluiu e conquistou fãs em todo o mundo como uma expressão artística que une dança, música e atletismo. No movimento olímpico, o breaking é uma disciplina esportiva reconhecida pela World DanceSport Federation, fundada em 1957.

Este esporte consiste em dois adversários (B-Boy ou B-Girl, conforme o gênero) se enfrentarem em uma batalha para determinar quem realiza os melhores passos de dança. O vencedor é decidido pelos juízes, que levantam cada um cartaz com o nome do participante que consideram ter vencido.

O nome que aparece mais vezes entre os juízes é o que conquista a vitória. Os critérios avaliados são: musicalidade, técnica, vocabulário (interpretação), originalidade e execução.

Cada um dos critérios mencionados anteriormente, isto é, musicalidade, técnica, vocabulário (interpretação), originalidade e execução, representa 20% da pontuação, totalizando 100%. Em outros esportes, os atletas recebem notas individuais, mas no breaking, os juízes comparam as performances dos dois competidores em cada batalha.

O atleta que vencer duas de três rodadas, no máximo, é declarado o vencedor da batalha. Além desses cinco critérios, existe um elemento adicional chamado "botão de má conduta". Embora raramente usado, ele permite que cada juiz penalize os competidores por comportamentos antidesportivos ou inadequados durante a disputa. Esse sistema de pontuação visa promover o respeito e o fair play entre os participantes.

O breaking olímpico fez sua estreia nos Jogos Olímpicos da Juventude de Buenos Aires 2018, com três categorias: uma por equipes mistas e duas individuais. A atleta japonesa Ramu Kawai (conhecida como "Ram") venceu no feminino, e o russo Sergei Chernyshev (apelidado de "Bumblebee") levou o ouro no masculino.

Após o sucesso da modalidade em Buenos Aires 2018, o comitê organizador de Paris 2024 propôs sua estreia em uma Olimpíada adulta. O COI confirmou em 2020 a inclusão do breaking no programa olímpico de Paris 2024.

Nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, o breaking teve duas categorias: masculina e feminina. 16 B-Boys e 16 B-Girls competiram em batalhas individuais espetaculares nos dias 9 e 10 de agosto. Nenhum atleta brasileiro esteve presente em nenhuma das categorias.

No masculino, o canadense Philip Kim conquistou o ouro, seguido pelo francês Danis Civil (medalha de prata) e pelo americano Victor Bermudez Montalvo (medalha de bronze). No feminino, a japonesa Ami Yuasa ficou com o ouro após derrotar a lituana Dominika Banevic (medalha de prata) na final, enquanto a medalha de bronze ficou com a chinesa Qingyi Liu.

Agora que você já sabe o que é o breaking, pode se interessar também por este artigo: "Quantos esportes têm nas Olimpíadas".

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